No próximo domingo, Corinthians e Palmeiras definem no Pacaembu quem enfrentará São Paulo ou Santos na final do Paulistão. Até aí, tudo bem, mas com um detalhe: A torcida alvinegra terá a opotunidade de comprar apenas 2.400 entradas, ficando no popular "chiqueirinho" do Estádio Municipal.
Pouco importa de quem seja a decisão. Palmeiras, MP, a "valorosa" e "valente" Polícia Militar, ou até o Corinthians, com seu complexo idiota de não jogar no salão de festas, cujo dono, aliás, é a síntese da viadagem completa do futebol de hoje. Não pelas plumas e paetês, mas pelo modismo.
A graça de ver um clássico em São Paulo sempre foi a divisão igualitária na arquibancada e a gana para cantar mais alto que seu rival. Como a torcida corinthiana fez nos momentos finais da final do Brasileirão de 1994, mesmo com o título praticamente em mãos alviverdes. A tensão de sair de casa e encontrar ou não grupos gigantes da torcida rival. Vagões de trens e ônibus da CMTC tortos e com torcedores até no teto. Isso virou cena de arquivo. De um passado até recente, mas que parece distante.
Zinho e Henrique disputam a bola durante a final do Brasileiro de 1994, em um Pacaembu dividido
As arquibancadas paulistas morreram aos poucos. Antigas lideranças de todas as torcidas se afastaram. Novos torcedores com mentalidade de baladinha e não arquibancada, vieram. Alguns acham até legal que a torcida rival tenha só meia-dúzia de pessoas no estadio. A velha escola e até os jovens que aprenderam cm os mais velhos o que é uma arquibancada de verdade sabe que isso é extremamente maléfico. Uma afronta à verdadeira essência do futebol
Nenhum comentário:
Postar um comentário